B. INTERVENÇÃO NO EDIFICADO

T O P O T O P O

O património edificado, no seu conjunto, representa um dos valores principais de uma área histórica. É ele que conforma o espaço urbano, é reflexo da sedimentação das épocas da evolução urbana e dá sentido à articulação das diversas partes da cidade.

Por isso a descaracterização de uma parte, a infeliz intervenção num edifício, é uma ameaça de descaracterização do todo e, pela sua acumulação, leva à perda de sentido da cidade histórica. A proliferação dos buracos e remendos do tecido urbano conduzirá a dado passo a caricatura do original.

A lntervenção no edificado assenta numa estratégia de actuação seguidamente discriminada.

Reabilitação de Edifícios

A reabilitação e valorização de edifícios de qualidade arquitectónica que se encontram degradados por abandono ou por intervenções erradas e que necessitam de acções de consolidação.

Frentes Urbanas a Preservar

A conservação das frentes urbanas de qualidade, fazendo as necessárias obras de consolidação e recuperação, não só de fachadas, nas também de volumetrias, bem como o completamento dessas mesmas frentes fechando quarteirões pouco definidos.

Imóveis Dissonantes

Finalmente, definem-se os imóveis dissonantes, que são aqueles edifícios manifestamente desintegrados e de má qualidade arquitectónica que necessitam de transformações para minimizar o impacto negativo sobre a envolvente e a cidade.

Como é evidente, tais edifícios deveriam ser substituídos (renovados, ou seja, demolidos e reconstruídos segundo outro projecto). Mas esta terapêutica revela-se muito difícil de implementar devido as implicações económicas.

Deste modo, agindo localmente e caso a caso sobre os edifícios identificados, vai-se contribuindo decisivamente para obter a recuperação e qualificação do património edificado e do espaço urbano.